Na minha “lida” no dia a dia, em regra, atendo pessoas que estão querendo se separar.
Ocorre que na grande maioria das vezes, o que percebo é que as questões pelas quais as pessoas se separam, SEMPRE existiram, desde o namoro. Alguns poucos exemplos:
O parceiro sempre bebeu sem moderação. E ainda assim, “achando” que o outro dia mudar, casaram-se. Não resolveu. E a mulher engravidou, apostando que após terem uma criança… ah sim, agora, muda! E o que acontece? NADA!
Também acontece do marido, muito apaixonado por uma mulher independente, com boa remuneração, super ocupada por conta do trabalho, admirá-la demais. E sabendo disso tudo, casa. E depois quer se separar porque a mulher trabalha 14 horas por dia e ele quase não a vê.
Outras vezes, o parceiro(a) é estúpido com a mãe, com o pai, com o garçom e com a torcida do flamengo. Mas com ela(e), não é. Não está na cara, que é questão de tempo?
E quem é instável e não para em emprego nenhum e passa a noite jogando vídeo game? Ah, a pessoa pensa… mas é assim quando é solteiro (a), após constituir família, tudo vai mudar.
O interessante é que quando a gente olha de trás pra frente, parece tão simples de ver que o desfecho foi óbvio… Já estava ali, escrito, só não enxergou quem não quis.
Sim, sei que as pessoas podem mudar. Mas elas precisam (i) reconhecer que aquilo é um problema e o mais importante (2) QUERER. Se só quem quer é o outro, nada feito!
Ao tomar uma das decisões mais importantes de toda a vida, que é o casamento, precisaríamos nos valer um pouco mais a razão e menos da emoção, pois certamente tomaríamos decisões mais acertadas.
A experiência profissional, somada a experiência de vida mostram o quanto nós conseguimos nos cegar para situações óbvias e evidentes.