Infelizmente, esta situação é muito comum.
Grande parte dos relacionamentos acabam com muitas mágoas de ambos os lados, muitas cobranças, muitas questões mal resolvidas e isso pode perdurar por anos.
Se o problema atingisse somente os adultos, seria menos pior, já que foram eles mesmos que de uma ou outra forma participaram das situações que causaram estas dores.
A grande questão é quando este tipo de comportamento resvala nos filhos.
O ideal seria que o casal tivesse maturidade para não dividir problemas seus com os filhos.
Mas não é isso o que observamos na prática. Acabam comentando, falando mal e muitas vezes brigando na frente dos filhos.
O genitor que mais sofre com esta situação, normalmente é o que não detém a guarda, pois muitas vezes é chantageado e impedido de visitar as crianças, sendo submetidas a diversos tipos de mentiras como por ex: a criança está doente e não pode sair; a criança tem que ficar estudando, etc etc.
Bom, é óbvio que estas situações podem realmente acontecer e serem verdadeiras.
No entanto, se o cônjuge perceber que esta é uma forma que o outro está utilizando para afastar as crianças e impedir o convívio dos filhos com um dos genitores, é necessário “ligar um alerta”.
Lembremos que a convivência dos pais com os filhos não é somente um direito dos pais, mas também um direito dos filhos. Portanto, o genitor que está agindo desta forma, está violando o direito de ambos, pai e filho.
Diante de uma situação desta natureza, sugiro que o prejudicado tente colher provas do acorrido. Prints de whatsapp com as conversas, printis do celular demonstrando as várias tentativas de ligação telefônica, testemunhas e o que mais for possível.
Caso uma conversa não resolva é importante que o pai que está sofrendo esta situação busque um advogado de sua confiança para verificar o que é possível ser feito, pois dependendo da situação, tal questão pode configurar alienação parental e pode ensejar uma ação judicial na qual será possível pedir inclusive, a inversão da guarda.
Os pais que fazem questão de conviver com os filhos precisam ser incentivados a isso e não tolhidos, afinal, a convivência com ambos os genitores e com ambas as famílias é algo que vai ajudar na formação e consolidação da personalidade da criança, que se sentirá mais amparada e segura.
Envie este artigo para alguém que você conheça que está vivenciando esta situação.